Ao longo dos tempos o mundo tem enfrentando tragédias e crises econômicas gigantescas, como a quebra da Bolsa de Nova York em 1929, o embargo do petróleo por membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo - OPEP em 1973 e a Peste Negra, pandemia que atingiu de forma devastadora a Europa na Idade Média. Depois de eventos dessa magnitude grandes mudanças aconteceram. E assim será com a Covid-19. Nosso mundo será diferente.

Diferente porque estamos obrigados a um isolamento social. Diferente porque estão se materializando formas mais abrangentes de trabalho e convívio por meio dos canais de comunicação virtuais até então pouco aplicados para inúmeras finalidades. Diferente por uma tendência já anteriormente configurada, mas agora inegavelmente assumida e em franco processo de expansão: o medo da morte e a proteção da vida. Diferente porque, encapsulados em uma célula unitária de reflexão, somos obrigados a pensar em temas distintos, ainda que uma grande parcela da sociedade circule pelas ruas na luta por sua sobrevivência.
 
Considerar as hipóteses de readequação momentânea e, principalmente, fazer previsões para o futuro próximo e, nos casos mais complexos, para períodos de maior abrangência, de fato, constituem-se em ações obrigatórias e necessárias.

E para a Engenharia esta condição não é diferente; pelo contrário, tem um valor maior. A Engenharia é, de fato, a mola propulsora do desenvolvimento sustentável das sociedades e sobre os seus conceitos e trabalho residem aspectos fundamentais da evolução humana.
De forma simplista é possível afirmar que os grandes projetos da humanidade foram pensados, calculados e construídos segundo preceitos de Engenharia e, ainda que de forma casual, responderam a uma condição de raciocínio e experiência, elementos estes, inquestionáveis para a verdadeira condição comportamental de um profissional da Engenharia eficiente.

Engenheiros inventam, constroem e, em última hipótese, consertam. E não será diferente no pós-pandemia do coronavírus.
 
Ainda que pareça complicada a situação, na prática haverá o momento da retomada de crescimento. Nessa ocasião, engenheiros precisarão estar mais do que preparados para a nova realidade mundial. As indústrias voltarão a funcionar, os bens de consumo novamente fabricados e os alimentos e medicamentos novamente produzidos em larga escala. Para esse momento, todos deverão estar preparados.

Não se pode afirmar, com certeza, onde efetivamente estarão todas essas oportunidades, e nem de que forma ocorrerão, mas, que elas existirão, não há dúvida. Seja para a retomada de crescimento das nações ou para o seu realinhamento em busca de uma nova ordem social mundial, as oportunidades existirão e, por sua condição e natureza, a Engenharia estará envolvida.
 
É inevitável que os profissionais de Engenharia participem do momento e considerem a importante hipótese da leitura do panorama mundial, em cada uma de suas peculiaridades e em sua área de atuação, tornando possível, no passo seguinte, a busca pelo conhecimento das técnicas necessárias e pertinentes à implantação de novos processos para a resolução de problemas ou, simplesmente, para o seu realinhamento.

Em Engenharia não existem problemas eternamente insolúveis, mas apenas momentaneamente difíceis. E, se fosse fácil, não seria Engenharia.

* Salmen Saleme Gidrão
Engenheiro Civil e Diretor de Educação do Crea-SP
 
Fonte: CREA-SP

Homem é preso por tráfico de drogas e corrupção ativa em Catanduva

Leia mais...

PM prende dois suspeitos de furtar mercados atacadistas em em São José do Rio Preto, Catanduva e São Carlos

Leia mais...

Os principais avanços da oncologia que vão ajudar na luta contra o câncer nos próximos anos

Leia mais...

Termomecanica anuncia novo canal de atendimento ao cliente

Leia mais...

Justiça valida candidatura e Maurício Gouvêa assume como vereador em Catanduva

Leia mais...

Unifipa recebe novamente selo de “Instituição Socialmente Responsável” da ABMES

Leia mais...