O Rio Três Pontes, leito do Rio Tietê, localizado em Novo Horizonte (SP) voltou a incomodar os moradores da região por apresentar mau cheiro e coloração verde nos primeiros dias de 2025.
Um problema que, segundo a população, ocorre desde maio de 2024. À época, os moradores denunciaram ter encontrado peixes e camarões mortos em meio ao lodo.
No início de 2025, a situação persiste, conforme constatado pela TV TEM. Quem vive no local reclama do descaso por parte das autoridades ambientais em relação à solução do problema.
A auxiliar de serviços gerais Onilda Teodoro da Silva diz que o mau cheiro incomoda muito a população, principalmente nos horários das refeições. Segundo ela, o medo de contaminação é grande e fica impossível se refrescar no rio.
"Incomoda e embrulha o estômago. A gente não consegue nem comer um lanche na beira do rio aqui, não tem jeito. Com esse calor, a gente quer tomar um banho de rio às vezes. Como que faz com a água desse jeito?", questiona.
O aposentado Anibal Campi Neto, que tem um rancho próximo ao rio há 13 anos, relata que o problema é recorrente.
"De um ano, um ano e meio para cá, ele [rio] ficou assim e não saiu mais. Um dia ou outro, muito raramente, a água está mais aceitável e não tem tanto lodo, mas, na maioria dos outros dias do ano, é esse lodo aí. Fora o cheiro. Tem noite que o cheiro é insuportável", revela.
Em maio de 2024, após ser questionada pela reportagem, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que "as altas temperaturas, a falta de chuva e a baixa movimentação das águas em reservatórios do Rio Tietê contribuíram para a floração das algas". Isso teria feito com que as algas ficassem com a coloração esverdeada.
O aposentado Paulo Roberto Gonzalez diz que o maior desejo dele é poder usar o rio para pescar e fomentar o turismo regional.
"Nós não somos contra nada, somos a favor de acharem o problema e darem uma solução digna para nós. Eu acho que tudo tem uma solução", diz.
Em nota, a Prefeitura de Novo Horizonte informou que funcionários do município já fizeram vistorias no local e enviaram solicitações pedindo providências à Cetesb e também à Polícia Ambiental.
Já a Cetesb disse, por nota, que uma vistoria está programada no local, mas não informou a data.
Fonte: G1 RioPreto
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