A Fehosp (Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Beneficentes do Estado de São Paulo), por meio de seu diretor-presidente, Edson Rogatti, alertou, em nota oficial, o corte de 12% nos recursos que o Governo Estadual repassa as santas casas e hospitais filantrópicos de São Paulo por meio dos programas Pró-Santa Casa e SUStentável. Essa medida afetará os Hospitais da Fundação Padre Albino, referência no atendimento SUS em Catanduva e em 18 municípios da região, impactando num déficit adicional anual de R$ 2.772.397,00. “A Fundação Padre Albino diante dessa resolução está preocupada com a qualidade na prestação de serviço e no atendimento a mais de 320 mil pessoas que tem nossos hospitais como referência ambulatorial e de urgência e emergência, exames e cirurgias”, preocupou-se Dr. José Carlos Rodrigues Amarante, presidente do Conselho de Administração da Fundação Padre Albino e 1° diretor vice-presidente da Fehosp.

Em meio à pandemia da COVID-19, a decisão vai atingir 180 unidades hospitalares do estado de São Paulo num corte de recursos de R$ 80 milhões por ano. A resolução do Governo do Estado foi publicada no Diário Oficial na quarta-feira, 6 de janeiro. “Hoje, os hospitais Padre Albino e Emílio Carlos, que são referência no atendimento de média e alta complexidade e para a COVID-19 em 19 municípios, estão com 100% de ocupação na UTI geral do Hospital Padre Albino e 90% na UTI geral do Hospital Emílio Carlos, além de 80% de ocupação na UTI COVID, e esses números estão aumentando diariamente. A medida do Estado impacta todos os nossos atendimentos e não temos como perder esse recurso, é totalmente inviável. Não suportaremos manter o volume e qualidade nos atendimentos com este corte”, afirmou Renata Rocha Bugatti, diretora de saúde e assistencial social da Fundação Padre Albino.

A Fehosp anunciou ainda que o Governo precisa impedir essa injustiça. “Temos esperança que o Governador impedirá qualquer tipo de redução dos recursos comprometidos para o setor filantrópico da saúde. Caso não encontre uma forma de remediar essa injustiça e se a legítima expectativa do setor que representa aproximadamente 60% dos atendimentos SUS não comover seu coração, a população só terá como alternativa: buscar atendimento nos hospitais públicos estaduais” concluiu Rogatti.

Fonte: Fundação Padre Albino