O Novembro Azul, campanha de conscientização sobre a saúde masculina, reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Com alta incidência e, muitas vezes, silencioso em seus estágios iniciais, o câncer de próstata exige atenção especial, sobretudo entre homens acima de 50 anos ou com histórico familiar da doença. Nem sempre apresenta sintomas, mas alterações como dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou presença de sangue na urina, que podem ser sinais de alerta. A realização de exames preventivos regulares é essencial para garantir diagnósticos precoces e aumentar as chances de cura.
Precisão no diagnóstico
Entre os principais métodos diagnósticos estão o toque retal e o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico), indicados para homens a partir dos 50 anos (ou antes, quando há histórico familiar). Se algum desses exames apresenta alterações, o exame recomendado é a ressonância magnética multiparamétrica da próstata, capaz de detectar ou afastar a presença de câncer clinicamente significativo.
Nos casos em que há necessidade de confirmação, a biópsia transperineal com fusão de imagens representa hoje o que há de mais avançado e seguro. O procedimento é minimamente invasivo e realizado por meio da região do períneo, o que praticamente elimina o risco de infecção, uma diferença importante em relação ao método transretal tradicional.
O procedimento é guiado por imagens obtidas com a fusão de ultrassonografia e ressonância magnética. As imagens captadas são fundidas por meio de um software, gerando uma visualização em alta definição e em tempo real, possibilitando a punção dirigida da lesão suspeita com extrema precisão.
"Essa técnica permite acessar algumas regiões da próstata que não são alcançadas adequadamente pela via transretal, aumentando a taxa de detecção tumoral e a assertividade do diagnóstico", explica o Dr. João Bacarin, médico Radiologista Intervencionista da Quanta Diagnóstico por Imagem. "A tendência é que a associação destas duas técnicas de ponta, biópsia transperineal com fusão de imagens, se torne o padrão ouro no Brasil nos próximos anos", complementa o especialista.
Avanço no tratamento com a terapia radioligante
Nos casos em que o câncer de próstata já se encontra em estágio avançado, a medicina dispõe hoje de uma alternativa inovadora: a terapia radioligante, uma modalidade de tratamento que atua de forma direcionada nas células do tumor. Essa abordagem utiliza uma substância capaz de se ligar especificamente às células cancerosas e levar até elas uma pequena carga de radiação, que destrói as células doentes de dentro para fora, com mínima agressão aos tecidos saudáveis. Estudos indicam que essa terapia pode reduzir o risco de morte em 38% e diminuir a progressão do câncer em 60% quando comparada aos tratamentos convencionais.
Foto: Acervo Quanta
Fonte: Lide Multimídia
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