Jogos de celular, tablet ou computador e a televisão são passatempos que, normalmente, reduzem o interesse de crianças pelo exercício físico. Porém, quando tais atividades tomam mais tempo que o indicado, atreladas a uma alimentação pobre em nutrientes e pouco saudável, há maior risco de sobrepeso e até obesidade infantil, doença que já atinge 12,7% dos meninos e 9,4% das meninas, segundo o Ministério da Saúde.
Durante a fase de desenvolvimento da criança, além da alimentação saudável, os pais podem e devem incluir no dia a dia alguns exercícios físicos para os filhos. Uma dica importante é não obrigar a criança a seguir uma rotina, mas sim estimulá-la de acordo com a idade.
O exercício físico traz outro benefício: a saúde mental. A criança que pratica atividade física trabalha o lúdico e, ao mesmo tempo, é mais criativa. A ortopedista Milena Bolini Cunha, cooperada da Unimed Catanduva, indica alternar os exercícios. “Atividades como corrida e jogos devem ser feitas apenas três vezes por semana; nos outros dias, prefira atividades sem impacto, como natação e pilates”, explicou.
Os esportes com bola são essenciais para dar movimento e trabalhar o equilíbrio e coordenação motora; o futebol, por exemplo, trabalha os membros inferiores. Para movimentar outras partes do corpo, a criança pode optar por outras brincadeiras, como pular corda, jogar pingue-pongue, andar de bicicleta e dançar.
Há também os esportes de menor impacto, como a natação, que é muito importante na fase de desenvolvimento da criança e estimula todo o corpo. Outra opção é o pilates, que desenvolve corretamente a postura, os reflexos e fortalece a musculatura e flexibilidade.
A rotina da academia, com levantamentos de pesos, pode ser prejudicial às crianças. “Exercícios com peso não são recomendados, pois a carga prejudica as cartilagens, causando atraso ou até parada do crescimento infantil”, alertou a especialista.
Outro perigo é a criança pegar um peso ou fazer exercício sem supervisão, correndo o risco de ter lesões graves. “A criança deve fazer uma atividade física aeróbica ou de impacto com a ajuda de um profissional”, completou a cooperada.
Para que a criança tenha um bom desenvolvimento e goste de fazer uma atividade física é importante que ela não se sinta obrigada a praticar determinada tarefa. “A criança deve se sentir livre e bem, prezando sempre pela saúde corporal e mental”, concluiu Milena.
Fonte: Unimed Catanduva