Diante do atual cenário, que exige o distanciamento e até o isolamento social em alguns casos, muitas pessoas acabam perdendo o ritmo e até a vontade de realizar atividades comuns no dia a dia. Tal situação pode desencadear fatores como o estresse, a insegurança e o medo e isso vale para crianças e adultos.
Para a psicóloga Ana Maria Brambilla, da Medicina Preventiva da Unimed Catanduva, manter o controle das emoções e trabalhar a saúde mental são aspectos fundamentais. Para isso, é recomendado adequar à rotina atividades prazerosas. Ana Maria destaca a prática de atividade física como uma forte aliada. “Precisamos pensar nisso como algo que alivia e incentiva o cuidado. A atividade física ativa a endorfina, hormônio que dá a sensação de bem estar.”
Para as pessoas ansiosas, o mindfulness (técnica que trabalha a meditação guiada com atenção plena ao corpo e pensamentos) é uma opção que pode ajudar na concentração e que, segundo a profissional, proporciona melhora considerável na qualidade de vida.
Ter atenção aos pensamentos também é importante. De acordo com a psicóloga, um dos grandes erros do indivíduo é tentar controlar sentimentos e pensamentos, de forma a não querer mentalizá-los. “Pensamentos são como passageiros de um ônibus, onde nós somos o motorista. Não podemos ser seletivos quanto aos que entram. Em momentos de dúvida, esses passageiros começam a conversar com você, deixando-o instável e indeciso. Podemos reconhecer e decidir quem escutamos”, explicou.
Evitar os estímulos, como bombardeio de notícias negativas ou até mesmo reclamações excessivas, é fundamental no processo. “Pensamentos negativos acabam sobrecarregando nosso emocional e deixando nosso corpo menos disposto a realizações efetivas”, frisou.
ALIMENTAÇÃO
Ainda neste período de isolamento, a sensação de tédio predispõe comportamentos irregulares. Um deles é voltado à alimentação. Nos atendimentos da Medicina Preventiva, são identificados casos de pessoas que buscam no alimento uma forma de trazer o sentimento de prazer momentâneo. “Gera uma busca compulsória por alimentos específicos como massas e açúcar, os grandes responsáveis por estímulos falsos de prazer”, disse Ana Maria.
A dica é prestar atenção aos momentos da refeição e não ligar o modo automático: aprenda a curtir e apreciar o momento, optando por deixar a casa e a mesa mais saudável e colorida, com alimentos com menos açúcar em sua composição e massas de forma geral.
O ideal é seguir a proposta do Mindful Eating , com atenção plena na alimentação. Observar cada textura do alimento ao mastigar até sua digestão e se afastar de distrações, como uso de celular e televisão no momento da refeição.
Para a nutricionista Thais Possetti Sangaleti é necessário cultivar e compreender o real significado da comida: matar a fome. “A partir do momento que o alimento assume o papel de oferecer prazer ou entretenimento, temos dois problemas: o da saúde mental e também o da saúde física”, alertou.
O isolamento nos impede de ir à feira de forma mais frequente, portanto, a nutricionista recomenda abastecer a despensa com alimentos saudáveis. “Aquilo que escolhemos comer depende do que estiver à nossa disposição”, ressaltou.
Outras dicas a serem seguidas:
*Evite visitas a perfis e canais de preparação ou venda de comidas tentadoras: da visão ao desejo é um curto caminho;
*Estabeleça horários fixos para comer e respeite-os;
*Preencha a rotina com outras atividades (leitura, exercício físico, organização, jardinagem etc.)
(Patrícia Santos)
Fonte: Unimed Catanduva