Foto: Camila Hampf/Hospital Pequeno Príncipe

A dermatite de fralda, conhecida como "assadura", é uma das doenças cutâneas mais frequentes entre bebês. A reação inflamatória atinge entre 7% e 35%, com pico de incidência entre 9 e 12 meses, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Por isso, o Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, chama atenção para essa condição que surge pelo contato prolongado da pele com sujidades, que causam irritação e podem evoluir para infecções secundárias por bactérias ou fungos.


"Alguns momentos aumentam a suscetibilidade, especialmente quando a criança apresenta episódios de diarreia, com evacuações mais frequentes. Assim, o contato constante com as fezes altera o pH da pele, deixando-a muito úmida, sensível e irritada", pontua a dermatologista pediátrica Flavia Prevedello, do Hospital Pequeno Príncipe.


Como identificar a dermatite de fralda?

O quadro geralmente começa com uma vermelhidão nas áreas mais salientes da pele. Além disso, é comum o bebê ficar mais irritado na troca de fraldas e sentir dor ao toque. Em alguns casos, o quadro pode evoluir para infecção, pequenas feridas ou indicar outras condições. Veja alguns sinais de alerta que exigem a procura por um dermatologista pediátrico para avaliação:

  • vermelhidão que não melhora mesmo com os cuidados habituais;
  • bolhas, descamação ou feridas abertas;
  • manchas roxas ou sinais de sangramento;
  • febre, cansaço excessivo, perda de peso ou dor;
  • erupção que se espalha para outras regiões do corpo.

Quais são as principais causas da dermatite de fralda?

A região coberta pela fralda fica fechada a maior parte do dia, com pouca ventilação, bem como temperatura e umidade diferentes do restante do corpo. Isso altera a microbiota local e as características da pele, como o pH, tornando a área mais frágil e suscetível à entrada de substâncias irritantes e micro-organismos.


Segundo a SBP, os três tipos mais comuns de dermatite de fralda são a dermatite por atrito, dermatite de contato por irritante primário e a candidíase perineal. Alguns fatores contribuem para a inflamação, como:

  • hiperidratação causada pela oclusão e falta de ventilação;
  • fricção da fralda com a pele;
  • contato frequente com irritantes, como urina, fezes e produtos de limpeza;
  • alterações alimentares, pois a introdução de alimentos sólidos pode modificar o pH das fezes e o funcionamento intestinal, aumentando o riscoentre 9 e 12 meses.

Dicas para prevenção

A dermatite de fralda pode ser prevenida com cuidados simples, mas importantes, veja:

  • use fraldas superabsorventes e do tamanho correto;
  • troque a fralda assim que a criança urinar ou evacuar e não a deixe mais de duas horas com a mesma fralda;
  • higienize suavemente, sem esfregar, da frente para trás;
  • evite lenços com perfume ou produtos agressivos;
  • utilize cremes de barreira hipoalergênicos e dermatologicamente testados;
  • não remova toda a camada de creme de barreira se não houver resíduos;
  • lave as mãos antes e depois de cada troca;
  • sempre que possível, deixe a região perineal respirar por alguns minutos;
  • em caso de dúvidas, converse com o pediatra e nunca automedique.

"A utilização de creme de barreira nas trocas de fralda é uma medida eficaz de prevenção da dermatite de fralda e tem efeito de proteção da pele. Entretanto, é importante aplicar na quantidade certa, não muito espesso, e fazer uma higiene delicada para não machucar a pele da criança", complementa a dermatologista pediátrica.

Como tratar?

O tratamento deve sempre ser prescrito por um pediatra. O mais importante é evitar a automedicação. Afinal, sem o cuidado correto, a melhora pode demorar dias ou até semanas. No desespero, muitas pessoas aplicam vários produtos na região, o que pode piorar o quadro.


"Um erro comum é o uso de corticoides tópicos ou de combinações de corticoide com antifúngico na área da fralda. Embora possa reduzir a vermelhidão inicialmente, o corticoide, por estar em uma área de oclusão e pele fina, pode causar efeitos indesejados quando usado de forma inadequada", alerta Flavia Prevedello.

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Hospital Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atuar em 47 especialidades e áreas de assistência em pediatria, com equipes multiprofissionais.
 

Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 74% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, realizou 259 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil procedimentos cirúrgicos e 293 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria. Desde 2019, o Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global e contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas.

A atuação em assistência, ensino e pesquisa — conforme o conceito Children's Hospital, adotado por grandes centros pediátricos do mundo — tem transformado milhares de vidas anualmente, garantindo-lhe reconhecimento internacional. Em 2024, foi listado como um dos 80 melhores hospitais do mundo que atuam com pediatria e, pelo quarto ano consecutivo, foi apontado como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina pela revista norte-americana Newsweek. E este ano, o Hospital foi reconhecido pelo Ministério da Saúde por sua excelência.

Fonte: Hospital Pequeno Principe

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