A campanha Outubro Rosa volta a destacar a importância da conscientização a respeito do câncer de mama, bem como sobre a prevenção e o diagnóstico precoce dessa doença que segue sendo a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.
Para a médica radiologista Dra. Simone Helena de Medeiros Hecke, da Quanta Diagnóstico por Imagem, a informação e o autoconhecimento são os primeiros passos na proteção da saúde feminina. "O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo na mama, mas também devemos ficar atentas a secreções pelos mamilos, vermelhidão, espessamento da pele, retração ou mudança de coloração do mamilo. Por isso, sempre reforçamos a necessidade da mulher conhecer o próprio corpo", afirma.
Além de fatores genéticos e do histórico familiar, o estilo de vida tem papel decisivo na prevenção. Segundo a especialista, o hábito de praticar exercícios, manter uma alimentação equilibrada e evitar o tabagismo e o consumo de álcool reduz o risco de desenvolver o câncer de mama, sendo esse o único fator de risco modificável.
A médica também esclarece alguns mitos ainda comuns sobre os exames de rastreio, como o receio em torno da mamografia. "A mamografia é um exame que emite radiação em baixo nível, e o benefício que o exame traz é muito maior que o risco. Há um mito de que este exame causaria câncer de tireoide, mas isso não é verdade. A dose de radiação para a tireoide durante uma mamografia é extremamente baixa, equivalente a 30 minutos de exposição à radiação recebida a partir de fontes naturais", explica.
Nos últimos anos, os avanços tecnológicos também ampliaram a precisão e a segurança do diagnóstico. Os mamógrafos digitais oferecem imagens mais nítidas com menor dose de radiação. O exame de mamografia, segundo a médica, continua sendo o método mais eficaz de rastreio, considerando o impacto populacional, sendo o único método comprovadamente eficaz na redução da mortalidade. "Hoje se preconiza o início da realização da mamografia aos 40 anos, lembrando que o exame tem suas limitações em mamas densas, e neste caso, o ultrassom é um método complementar. A ressonância magnética também entra como método complementar e é indicada em casos específicos como por exemplo para avaliar mamas extremamente densas", orienta.
Por fim, a especialista lembra que o cuidado emocional e psicológico é parte fundamental do tratamento, ao promover o bem-estar mental, ajudando mulheres com câncer de mama a lidar com o impacto emocional da doença. "Este apoio também facilita a adesão ao tratamento, melhora a qualidade de vida, fortalece as habilidades de enfrentamento e proporciona uma rede de suporte vital para a paciente e seus familiares", relata a médica, que também reforça que o Outubro Rosa deve ser um movimento de inclusão. "O Outubro Rosa não é só rosa. Temos também homens com câncer de mama, e devemos incluí-los nessa prevenção", finaliza.
Fonte: Lide Multimídia
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