O câncer de ovário é uma doença complexa que afeta cerca de 7.310 mulheres no Brasil anualmente, sendo esse o oitavo câncer mais incidente nas mulheres e o segundo no ranking dos cânceres ginecológicos. Apesar de existirem diversas opções de tratamento disponíveis, muitas pacientes ainda enfrentam dificuldades no acesso a essas terapias, especialmente as mais modernas.

Em tratamento contra um câncer de ovário desde 2022, a advogada baiana Aline Deda Machado, de 45 anos, vivia uma rotina profissional e pessoal intensa quando foi surpreendida com o diagnóstico após notar um inchaço na barriga e um desconforto pélvico.

"O câncer de ovário, por ser menos falado, muitas vezes é negligenciado por mulheres que tenham pouco acesso à informação e por isso precisamos de mais campanhas para que outras mulheres não passem pelo que eu passei", comenta Aline.

Após duas cirurgias e quimioterapia, Aline faz hoje um tratamento de manutenção, que a ajuda a ter qualidade de vida e controlar a progressão da doença. "O medicamento tem sido, até hoje, uma parte crucial do meu plano de tratamento, ajudando a impedir que as células cancerosas se recuperem e se multipliquem", conta Aline.

Apesar de eficaz, muitas pacientes ainda enfrentam dificuldades no acesso a terapias mais modernas como a de Aline. Recentemente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu recentemente a Consulta Pública nº 68 para discutir a incorporação de niraparibe como tratamento de manutenção para as pacientes com o câncer de ovário avançado com mutação BRCA, no SUS.

Segundo o médico oncologista Dr. Fernando Maluf, cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, estudos mostram que até 85% das pacientes com câncer avançado apresentam recorrência mesmo após obter resposta completa ou parcial com quimioterapia associada à cirurgia, o que justifica a necessidade de ampliar o acesso a novos tratamentos.

"O número de óbitos causados pela doença chega a 4 mil por ano no Brasil. Isso evidencia a necessidade de abordagens terapêuticas inovadoras e seguras que não apenas prolonguem o tempo livre de progressão, mas também reduzam a chance de recorrência, minimizando complicações mais graves e a necessidade de tratamentos adicionais, como cirurgias, quimioterapia e internações", enfatiza o Dr. Maluf.

Ainda de acordo com o oncologista, a ampliação do acesso às novas terapias é vital para assegurar que todas as pacientes, independentemente de sua condição socioeconômica, possam ter acesso aos melhores tratamentos. "A participação e engajamento da sociedade na consulta pública é um passo essencial para fazer com que essas novas opções de tratamento sejam incluídas no sistema público de saúde e garantam mais qualidade de vida a pacientes com câncer de ovário", complementa.

Fonte: Burson

Ecoponto Municipal é o lugar correto para destinação de entulhos

Leia mais...

Estão abertas as inscrições para a 4ª Corrida Unimed Catanduva

Leia mais...

Corrida de rua de Urupês deverá receber 200 atletas em fevereiro

Leia mais...

Catanduva FC quer apagar má impressão da estreia

Leia mais...

Unimed Rio Preto conquista a manutenção do Selo ONA Nível 3 - Excelência em Gestão

Leia mais...

Verão e oscilações na temperatura: o que fazer para evitar alta na conta de energia

Leia mais...