A Polícia Civil desmantelou uma organização criminosa que explorava sexualmente mulheres em cidades do noroeste paulista, incluindo Catanduva. Quatro pessoas foram presas em uma operação que cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão em boates de Auriflama, Catanduva e Pereira Barreto.
As investigações revelaram que as vítimas eram atraídas com falsas promessas de emprego e, em seguida, mantidas em cárcere privado. O caso teve início após a morte de uma mulher em uma boate de Auriflama, inicialmente tratada como suicídio, mas posteriormente investigada como homicídio ou indução ao suicídio.
Durante as investigações, a polícia descobriu que as vítimas, muitas em situação de vulnerabilidade, eram submetidas a controle psicológico e físico, impedidas de sair dos estabelecimentos, além de serem privadas de alimentação e comunicação. As mulheres também eram forçadas a consumir drogas vendidas pelos administradores das boates e contraíam dívidas. Algumas relataram terem sido vítimas de estupro sob ameaças ou como forma de "quitação" das dívidas. Há também indícios de envolvimento de menores de idade no esquema.
Ao todo, 36 policiais participaram da operação e identificaram pelo menos três boates que operavam de forma criminosa. Nos locais, foram apreendidas drogas, armas, celulares e cadernos de contabilidade. Os estabelecimentos foram fechados e lacrados por determinação judicial.
Os crimes investigados incluem organização criminosa, favorecimento da prostituição, cárcere privado, estupro e homicídio. A delegada responsável pelo caso, Caroline Baltes, destacou a coragem das vítimas que denunciaram os abusos e reforçou o compromisso com a investigação.
As buscas continuam para identificar novas vítimas e resgatar possíveis mulheres ainda mantidas em cárcere. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque Denúncia 181 ou diretamente na Delegacia de Polícia de Auriflama pelo telefone (17) 3482-1035.
Fonte: G1 Rio Preto / IA
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